Situações de estresse desencadeiam diversas reações no corpo humano, reações estas benéficas para o nosso dia-a-dia. Imagine como seria a vida sem desafios? Provavelmente não teríamos desenvolvido todas as tecnologias que temos hoje se não fossem as situações extremas para motivar novas pesquisas e descobertas. Sem o estresse ambiental que seleciona as características evolutivas mais favoráveis, as espécies de seres vivos não existiriam como as conhecemos.
Mas o nosso intuito aqui não é dizer sobre os benefícios do estresse moderado, mas sim os malefícios do estresse excessivo, do estresse extremo.
Apesar de existir desde os primórdios da existência, o estresse só foi conceituado e nomeado em 1936 pelo pesquisador canadense de origem francesa Hans Selye. Desde então vários estudos têm sido desenvolvidos acerca desse assunto. Estudos mais recentes vêm demonstrando que a capacidade de mamíferos superiores de suportar estresse está intimamente relacionado com o tamanho de seu hipocampo. O hipocampo é uma região do cérebro que continua a desenvolver células nervosas durante toda a nossa vida. O que não se sabe ainda é se o estresse extremo causa redução do hipocampo ou se o tamanho do hipocampo causa maior ou menor sensibilidade a situações estressantes. Lesões
nessa região cerebral faz com que as células produzidas por ele durem menos tempo, o que pode gerar, dentre outros problemas, a depressão.
Essas lesões começam a ser percebidas aproximadamente 24h após a situação de estresse, o que sugere que uma boa estratégia de amenização seria uma intervenção neste período.
Vale lembrar que todas essas teorias são apenas experimentais, não passaram nem da etapa de uso em animais. Mas que grande descoberta não começou assim, não é mesmo? O importante é que incentivo e interesse existem, o que já é um ótimo começo.
Naira Oliveira Ferreira
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