níveis basais elevados de cortisol e não responderem ao teste de supressão com o corticosteróide sintético dexametasona. O envolvimento do eixo HPA na neurobiologia da depressão é apoiado, ainda, pela observação de que indivíduos com síndrome de Cushing apresentam déficits cognitivos e alterações na estrutura e função hipocampais, semelhantes àquelas encontradas em pacientes deprimidos. A maior parte dos modelos animais de depressão, como o nado forçado e o desamparo aprendido, avalia o desenvolvimento de alterações comportamentais e fisiológicas em resposta à pré-exposição a evento estressante inescapável. Em humanos, níveis elevados de cortisol durante a vida predizem atrofia hipocampal e têm sido relacionados à diminuição hipocampal e aos déficits cognitivos observados em pacientes deprimidos. Drogas antidepressivas poderiam prevenir a atrofia hipocampal nesses indivíduos. O tratamento crônico com essas drogas aumenta a neurogênese, e a expressão do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) no hipocampo de ratos. Este fator neuroprotetor é diminuído por exposição ao estresse e sua administração, tanto periférica como intrahipocampal, promove efeitos antidepressivos em modelos animais de depressão.
neuroprotetor obtido após tratamento crônico fosse revertido pela depleção aguda desse neurotransmissor. Finalmente, resta o desafio de entender como os novos neurônios gerados melhorariam o quadro depressivo e, numa perspectiva maior, como as funções do hipocampo se relacionariam com a depressão."